No último dia 10 de fevereiro de 2025, o prefeito Andrei divulgou uma nota oficial justificando o aluguel do imóvel de luxo chamado Kingdom (que, em tradução literal, significa “reino”). Segundo ele, a decisão traria uma economia de R$ 90 mil aos cofres públicos, pois permitiria reunir diversas secretarias em um único espaço.
No entanto, ao analisarmos os fatos, surge um questionamento: essa economia realmente existe ou trata-se de uma justificativa política para encobrir gastos ainda maiores?
Os números não mentem
O argumento de Andrei baseia-se na suposta redução de custos com aluguéis e manutenção de prédios espalhados pela cidade. No entanto, há um detalhe que não foi mencionado na nota oficial: para vencer as eleições, o prefeito precisou ampliar sua base de apoio e, como consequência, criou cinco novas secretarias.
E cada nova secretaria gera custos significativos. Vamos aos números:
- Salários dos secretários: 5 secretários ganhando R$ 15 mil cada = R$ 75 mil
- Aluguel de imóveis: 5 prédios a R$ 5 mil cada = R$ 25 mil
- Funcionários adicionais: Pelo menos 30 novos servidores, com um custo médio de R$ 60 mil
- Despesas operacionais: Água, energia, internet, materiais de limpeza e outros custos administrativos = R$ 10 mil
Ou seja, a criação das novas secretarias gerará um gasto mensal estimado em R$ 170 mil. Em quatro anos de mandato, essa despesa pode alcançar impressionantes R$ 8,2 milhões.
Economia ou compromisso político?
Diante desses números, fica difícil acreditar que a decisão do prefeito foi motivada exclusivamente por economia. Na prática, parece mais uma manobra para acomodar aliados políticos e garantir apoio dentro da administração municipal.
Se o objetivo fosse realmente reduzir gastos, a melhor alternativa seria cortar despesas desnecessárias e otimizar a estrutura já existente, em vez de criar novos órgãos públicos que aumentarão o peso da máquina administrativa.
A população de Juazeiro merece transparência. Prefeito Andrei, seja verdadeiro: a justificativa da economia não se sustenta diante dos números. O povo tem o direito de saber se seus impostos estão sendo bem administrados ou se apenas estão financiando acordos políticos de campanha.