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Em mais um escândalo que escancara o uso indevido dos recursos públicos no alto escalão do poder, a primeira-dama Rosângela “Janja” da Silva protagonizou uma verdadeira afronta ao cidadão brasileiro. No último dia 13 de junho, ela pegou carona em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para sair de Brasília rumo a São Paulo, com um único objetivo: realizar um exame ginecológico.

Sim, você não leu errado. Enquanto milhões de brasileiros enfrentam filas intermináveis no SUS e a saúde pública agoniza por falta de verbas, a esposa do presidente da República utiliza uma aeronave militar, paga com o seu imposto, para uma consulta pessoal que poderia ter sido feita em Brasília mesmo, uma capital que conta com mais de dois mil ginecologistas qualificados, segundo estimativas do próprio Conselho Federal de Medicina.

O episódio se torna ainda mais revoltante quando se observa que a justificativa dada é que ela apenas “pegou carona” em um voo requisitado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Como se o fato de ocupar uma poltrona num avião da FAB, mesmo sem custo adicional direto, não configurasse um privilégio imoral e inaceitável.

A carona também teve como passageiros o ministro do STF Alexandre de Moraes e sua esposa, numa cena que mais parece um grupo de amigos em jatinho particular do que uma viagem oficial com critérios técnicos e justificativas legítimas.

Mas o caso de Janja não é isolado. Nos bastidores de Brasília, já se fala em milhões de reais gastos pela primeira-dama em viagens desde o início do governo, muitas delas com agendas irrelevantes e pautas “simbólicas”, como reuniões com influenciadoras digitais, visitas a escolas e eventos de promoção da “economia do cuidado”, sempre com o uso de estrutura estatal de luxo.

Enquanto o país amarga recordes de pobreza, desemprego, aumento da violência e da fome, a cúpula do governo segue vivendo uma realidade paralela, cercada de mordomias e desprezo absoluto pela população. O caso da ginecologista em São Paulo não é apenas um capricho, é um retrato de um governo que se diz dos pobres, mas que vive no luxo às custas de quem sua para pagar imposto.

É preciso que o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União se manifestem urgentemente. O que se viu foi um claro desvio de finalidade no uso da máquina pública, e a sociedade brasileira, já tão maltratada, não pode aceitar calada mais esse escárnio.

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