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A situação da Rede Municipal de Urgência e Emergência de Juazeiro/BA atingiu um nível crítico. Profissionais que atuam na linha de frente afirmam que não há mais condições seguras de trabalho e que o atendimento à população está sendo garantido “na base da coragem”, não da estrutura.

A denúncia foi formalizada em uma Representação Administrativa protocolada pela Comissão de Servidores Representantes da Rede Municipal de Urgência e Emergência, formada por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e profissionais dos PAs distritais. O documento expõe irregularidades graves no SAMU e nos Prontos Atendimentos de Maniçoba e Itamotinga, descrevendo um cenário que os servidores classificam como “colapso anunciado”.

AMBULÂNCIAS COM RISCO DE FALHA, FALTA DE EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO INEXISTENTE

Segundo a Comissão, o SAMU recebe recursos federais para operar sete ambulâncias, mas apenas quatro estão em funcionamento, e todas em situação crítica.

Entre os problemas relatados:
• sensores de airbag acionados, indicando falha no sistema de segurança;
• ar-condicionado inoperante na USA Regional, inviabilizando transporte seguro de pacientes graves;
• inexistência de oficina licitada, impedindo manutenção preventiva e corretiva;
• ausência de equipamentos obrigatórios como DEA, monitor cardíaco, bombas de infusão e incubadora aquecida para transporte neonatal.

Os profissionais afirmam que as condições atuais configuram risco real de morte para pacientes e servidores.

“Se der certo, chegamos. Se der errado, a ambulância vira ameaça. É roleta-russa com vidas humanas.”

FALTA DE EPI’S E CONDIÇÕES BÁSICAS DE TRABALHO

A denúncia também detalha a falta de EPI’s básicos como macacões e botas.
Servidores precisam improvisar equipamentos ou atuar sem proteção apropriada, expondo-se a sangue, secreções, materiais contaminados e riscos físicos.

A central de regulação opera sem gravação de ligações, violando normas federais, e as ambulâncias não possuem rádio comunicação, obrigando o uso de celulares pessoais durante ocorrências.

Repousos precários, móveis quebrados, colchões deteriorados e falta de alimentação no prédio também foram relatados. Muitos servidores compram do próprio bolso itens básicos de trabalho.

PAs DE MANIÇOBA E ITAMOTINGA ESTÃO ABANDONADOS

Nos distritos, a situação é igualmente grave. Os profissionais denunciam:
• ausência de médicos;
• falta de telefone funcional para contato com o SAMU;
• falta de local de repouso;
• corte da ajuda de custo;
• sobrecarga extrema sobre enfermeiros e técnicos.

“É atendimento de urgência sem médico, sem estrutura e sem segurança nem para o servidor nem para o paciente.”

DECISÕES ADMINISTRATIVAS ILEGAIS, SEM PORTARIA E REPASSADAS POR WHATSAPP

A Comissão afirma que a gestão municipal tentou impor mudanças nas escalas de trabalho por WhatsApp, sem qualquer portaria oficial publicada.

As medidas incluem:
• limitação de trocas de plantão sem respaldo legal;
• exigência de 60 horas de descanso obrigatório sem previsão normativa;
• redução indevida da validade de atestados;
• retirada da autonomia dos coordenadores para substituições.

“É gestão pública na base do improviso. Servidor não é peça descartável.”

DIREITOS LEGAIS SENDO NEGADOS

Os profissionais denunciam que direitos previstos em lei estão sendo desrespeitados, incluindo:
• folga de aniversário, garantida por lei municipal;
• adicional de insalubridade pago de forma incorreta, mesmo após decisão do STF;
• horas extras não pagas;
• impedimentos no fracionamento das férias;
• dificuldades para concessão de licença-prêmio;
• corte da ajuda de custo nos PAs.

AMBULÂNCIA USA REGIONAL TERIA SIDO USADA EM EVENTOS PARTICULARES

Um dos pontos mais graves da denúncia é a possível utilização da ambulância USA Regional, destinada ao suporte avançado, em jogos de futebol e eventos privados, prática considerada desvio de finalidade de recurso público e já proibida pelo Ministério Público em anos anteriores.

“A ambulância do povo não pode servir a interesses privados.”

PROTOCOLO EM SÉRIE E COBRANÇA POR PROVIDÊNCIAS URGENTES

A Representação foi protocolada em:
• Ministério Público da Bahia;
• Ministério Público do Trabalho;
• Secretaria Municipal de Saúde;
• Câmara de Vereadores;
• COREN-BA;
• CREMEB;
• Blogs e portais de imprensa.

A Comissão solicita:
• vistoria imediata;
• apuração de responsabilidades;
• investigação sobre recursos federais;
• normalização das escalas;
• manutenção imediata das ambulâncias;
• fornecimento urgente de EPI’s;
• presença fixa de médicos nos PAs;
• melhoria da estrutura da central e dos locais de repouso;
• reunião oficial com a Prefeitura.

POSIÇÃO OFICIAL DA COMISSÃO

“Não estamos fazendo política. Estamos defendendo as nossas vidas e a vida da população.”

“Se a estrutura continuar assim, não será acidente. Será consequência.”

**COMISSÃO DE SERVIDORES REPRESENTANTES

DA REDE MUNICIPAL DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – JUAZEIRO/BA**

Médicos:

  • Edgar Paulo Damasceno
  • Taciana Teles de Magalhães

Enfermeiros:

  • Eduildson Nunes Santa Fé
  • Willys da Silva Santos

Técnicos de Enfermagem:

  • Luciedna Batista dos Santos Lacerda
  • Josilene Pereira da Silva Costa

Representantes dos PAs:

  • Lígia Raquel Gomes Souza
  • Francimaria Batista Miranda
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